BIOGRAFÍA DE SÃO JORGE GUERREIRO

23 DE ABRIL – DIA DE SÃO JORGE GUERREIRO
E MÁRTIR
SÃO JORGE GUERREIRO
- Eu andarei vestido e armado com as armas de São Jorge!
- Para que meus inimigos, tendo pés, não me alcancem!
- Tendo mãos, não me peguem!
- Tendo olhos, não me vejam!
- E nem em pensamento eles possam me fazer mal.
- Armas de fogo, meu corpo não alcançarão!
- Facas e lanças se quebrem sem o meu corpo tocar!
- Cordas e correntes se arrebentem sem o meu corpo amarrar!
- SARAVÁ JORGE!!!
Pouco se conhece a respeito de sua vida, sabendo-se apenas que era militar e sofreu o martírio durante a perseguição de Diocleciano. Seu culto se espalhou rapidamente pelo Oriente, e por ocasião das Cruzadas teve grande penetração no Ocidente. Muitas lendas correm a seu respeito, entre as quais a mais popular é a do dragão, que teria sido morto por ele. São Jorge é padroeiro da Inglaterra e da Etiópia. O grito de combate dos portugueses durante a Batalha de Aljubarrota (1385) era: “Por Portugal e São Jorge”. O Brasil herdou de Portugal a tradição de incorporar, nas procissões de Corpus Christi, uma imagem de São Jorge montado a cavalo e armado como militar.

Extraído do livro: “Cada dia tem seu Santo…” Editora Artpress
BIOGRAFÍA DE SÃO JORGE GUERREIRO
 “O CAVALEIRO ILUMINADO”

 

Jorge nasceu no século III, na Capadócia, Ásia Menor, um território que hoje pertence à Turquia. 
Nasceu em família nobre; quando o pai, oficial do exército imperial, morreu numa batalha, Jorge se alistou nos batalhões do imperador romano Diocleciano.
Foi nesta época que começou uma perseguição violenta aos cristãos. Houve um mês em que 17 mil deles foram martirizados, enquanto muitos outros fraquejaram e renegaram sua fé, oferecendo sacrifícios aos deuses pagãos do império.
São Jorge se revoltou contra a coroa do martírio imposta aos seguidores de Jesus. Ele, que tinha sangue azul, distribuiu todas suas posses, abandonou as roupas militares, passou a viver entre os cristãos e exclamava, para quem quisesse ouvir: 
- Todos os deuses dos gentios são demônios! Foi o Senhor quem fez os Céus!
Conta a Legenda Áurea, uma história dos Santos escrita no século treze pelo beato dominicano Jacopo de Varezze, que a ousadia de Jorge chegou aos ouvidos do governador Daciano, partidário do Império Romano e cruel perseguidor dos cristãos.  Tomado pela ira, o governador gritou:
-Que presunção é essa de chamar nossos deuses de demônios??? De onde você é??? Qual é seu nome???
E Jorge respondeu assim:
- Eu me chamo Jorge, sou nobre da Capadócia. Com ajuda de Cristo submeti à Palestina, mas depois abandonei tudo para servir livremente ao Deus do Céu.
Diante de tal ousadia, Daciano mandou suspender São Jorge no potro, que era um instrumento de tortura romano - - um cavalete de madeira, semelhante a um cavalo – e ordenou que seus braços e pernas fossem dilacerados com garfos de ferro.  Mandou ainda queimá-lo com tochas e esfregar sal em suas feridas e suas entranhas, que saiam do corpo pelas feridas abertas.
Em vão:
Na noite seguinte, o Senhor Deus, envolto na mais gloriosa luz divina, apareceu diante de Jorge para confortá-lo com doçura, e isso fortaleceu Jorge, como se os tormentos não o tivessem afligidos.
Um mágico que foi chamado para matar São Jorge, cheio de orgulho, disse assim ao imperador: - se eu não conseguir superar os truques desse cristão, que eu perca a cabeça!  Esse homem do mal preparou seus feitiços, invocou seus deuses, misturou veneno com vinho e deu uma taça para que Jorge bebesse.  Jorge fez o sinal-da-cruz, e nada lhe aconteceu.  O feiticeiro preparou uma dose ainda mais forte, que Jorge tomou com destemor, depois de fazer novamente sobre a taça o sinal-da-cruz. Ao ver esse prodígio da fé, o mágico lançou-se aos pés de Jorge, aos prantos, arrependido, e pediu para converter-se ao cristianismo. Logo depois, foi decapitado.
O governador pôs São Jorge numa roda que tinha em toda a sua volta espadas de dois gumes, mas no mesmo instante a roda se quebrou e o Santo saiu ileso. Mergulhado num caldeirão cheio de chumbo derretido, pelo sinal-da-cruz Jorge nada sofreu.
Vendo que nada derrotava o Santo Guerreiro, o imperador romano tentou um acordo: “Jorge, disse ele, filho querido, abandone suas superstições e faça sacrifício a nossos deuses, e assim você receberá grandes honrarias”.  São Jorge fingiu acreditar naquelas palavras, e respondeu, docilmente, ao imperador:
- Por que você não me falou dessa forma tão doce antes de me torturar? Estou pronto, farei o que você me pede.
O governador Daciano acreditou ter dobrado o bravo guerreiro, preparou uma festa e convocou todo o povo para assistir aos sacrifícios que Jorge faria diante dos deuses pagãos.  Mas assim que pisou no templo, Jorge se ajoelhou e pediu a Deus que destruísse aquele lugar e todas as imagens dos ídolos que ali eram cultuadas.  No mesmo instante o fogo do Céu caiu sobre o templo, queimando ídolos e sacerdotes, e a terra se abriu para tragar tudo o que restara.
Neste ponto da história, você vai saber como São Jorge se tornou o santo guerreiro que protege e socorre seus devotos.
Foi assim:
Depois que a ira de Deus destruiu os ídolos e os sacerdotes, Jorge foi condenado ao suplício cruel: - ele deveria ser arrastado por toda a cidade e ter a cabeça cortada.  Ao perceber que chegara sua hora, Jorge elevou os olhos ao Céu e pediu e pediu a Deus que, daquele momento, todos os que implorassem seu socorro fossem atendidos.   Lá no alto, em resposta a prece do santo guerreiro e mártir, ouviu-se a voz de Deus, concedendo o pedido: Quem rogasse pela ajuda de São Jorge a receberia.  Depois disso, a sentença se cumpriu: Cortaram a cabeça de Jorge, que se manteve impassível e confiante quando chegou à hora de seu martírio.  Mas uma sentença divina também se cumpriu: Quando Daciano voltava do lugar do suplício para seu palácio, o fogo do céu caiu sobre ele seus guardas, que arderam até virar cinza.
Existe uma lenda que reforça a crença no poder divino do Santo Guerreiro Jorge:
É a historia do dragão.
Um terrível dragão saía de vez em quando das profundezas de um lago e se atirava contra os muros da cidade de Silene, na Líbia, eliminando os habitantes com seu mortífero hálito.  Para afastar o dragão, o povo do lugar oferecia ao monstro jovens mulheres como vitimas. Até que só restou uma só jovem, a filha do Rei.   Quando essa donzela estava prestes a ser devorada pelo maldito dragão, eis que surge um corajoso cavaleiro vindo da Capadócia com seu cavalo branco.
Era São Jorge.
O valente guerreiro recomendou-se a Deus e com audácia atacou o mostro que naquele momento avançava em sua direção.   Com a lança, São Jorge subjugou o dragão, que logo ficou manso como um cordeiro, levou a criatura para dentro dos muros da cidade.  Ao ver o dragão, o povo entrou em pânico, mas Jorge levantou a voz com a autoridade dos santos:
- Nada temam! O Senhor me enviou para que eu os libertasse das desgraças causadas por esse dragão. Creiam em Cristo e recebam o batismo, que eu matarei o dragão!
É assim que a Legenda Áurea conta o que ocorreu a seguir:
“Então o rei e todo o povo foram batizados, e o bem-aventurado Jorge desembainhou a espada e matou o dragão, ordenando depois que o levassem para fora da cidade... Nesse dia, 20 mil homens foram batizados, sem contar crianças e mulheres.” 
Essa é a lenda de Jorge, o Santo Guerreiro do cavalo branco e do manto vermelho. Celebrado em 23 de abril, dia em que teria morrido, ele é vitima de uma confusão: muitos acreditam que Jorge foi cassado como santo. A história não é bem essa: Em 1969, o papa Paulo VI promoveu uma reforma no calendário litúrgico, e os santos para os quais não houvesse comprovação histórica de que tivessem existido em carne e osso tiveram o culto declarado como opcional.
É o caso de São Jorge.  Não há provas de que ele de fato tenha existido, mas o culto a São Jorge é autorizado pela Igreja.
No imaginário popular brasileiro, São Jorge é invocado como defensor das almas contra o demônio, as tentações e os feitiços. É o protetor dos militares. E o padroeiro da Inglaterra.
Então, saravá São Jorge!
Salve o guerreiro que venceu o dragão da maldade!

                       
O DIA 23 DE ABRIL É FERIADO NO ORIENTE POR SER
O DIA DE SÃO JORGE.
 Na época das cruzadas, a imagem de São Jorge figurava nos escudos dos generais e comandantes das expedições, desde então já considerado o Patrono da Cavalaria.
IGREJAS                                      
Existe na Europa, África, Oriente Médio e América
Na Inglaterra existem mais de 60 igrejas dedicadas a São Jorge
NO BRASIL
Temos uma em Ilhéus, Uma na Bahia, uma no Rio de Janeiro (Rua da Alfândega)
Em Porto Alegre (Avenida Bento Gonçalves)
Santo glorioso dos mártires, Jorge o glorioso nobre vestido de vitórias. O mártir de cristo, o glorioso e nobre na realidade Jorge.
NA UMBANDA OGUM, SINCRETIZADO COMO SÃO JORGE É CONSIDERADO O PATRONO DA UMBANDA.
SUA COR É O VERMELHO E O BRANCO, E O AZUL ESCURO.
Com sua ajuda a religião cresceu em nosso país sendo hoje em dia respeitada por autoridades civis e militares e admirada por estrangeiros. Antes de começar os trabalhos espirituais nos Templos de Umbanda é para ele que se canta.  Sua falange poderosa toma conta dos espíritos sem luz e fazem a ronda durante os trabalhos.  Em nosso dia a dia sempre pedimos a ele para nos proteger e nos ajudar em nossas batalhas.  Em qualquer situação de perigo chamamos seu nome. Somos socorridos imediatamente.
DIA 23 DE ABRIL EM TODO BRASIL
OS TEMPLOS DE UMBANDA O HOMENAGEIAM.
No Rio de Janeiro dia 23 de abril é feriado e na sua Igreja (na rua da alfândega) inicia a comemoração às 06 horas com o toque dos clarins e durante todo dia são realizadas missas, com a presença de milhares de fiéis.
“Oração a São Jorge Guerreiro”
Eu andarei Vestido e armado com as armas de São Jorge para que meus inimigos, tendo pés não me alcancem tendo mãos não me peguem, tendo olhos não me vejam, nem em pensamentos eles possam me fazer mal.
Armas de fogo o meu corpo não alcançarão, facas e lanças se quebrem sem meu corpo tocar, e cordas e correntes se arrebente sem o meu corpo amarrar.
Jesus Cristo me proteja e me defenda com o poder de sua santa e divina graça, Virgem de Nazaré, me cubra com o seu manto sagrado e divino, protegendo-me em todas as minhas dores e aflições, e Deus, com sua divina misericórdia e grande poder, seja meu defensor contra as maldades e perseguições dos meus inimigos.
Glorioso São Jorge, em nome de Deus, estenda-me o seu escudo e as suas poderosas armas, defendendo-me com a sua força e com a sua grandeza, e que debaixo das patas de seu fiel ginete meus inimigos fiquem humildes e submissos à voz. Assim seja com o poder de Deus, e de Jesus e da falange do divino Espírito Santo.          São Jorge rogue por nós.    Amém