sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

LIBERDADE DE CULTO E DOS LOCAIS

FEDERAÇÃO SÃO JORGE GUERREIRO
UNIÃO ESPÍRITA DE UMBANDA E CANDOMBLÉ DO BRASIL
Órgão Orientador, Deliberativo de Organização Religiosa de Umbanda e Candomblé no Brasil.
“LIBERDADE DE CULTO E DOS LOCAIS”
SUA LIBERDADE RELIGIOSA DEPENDE DA SUA LEGALIDADE.

Liberdades de reunião, de culto e de liturgia, são direitos previstos na Constituição Federal. Respeitando-se a lei, todos podem reunir-se pacificamente para manifestar sua crença, sem qualquer tipo de obstáculo do Poder Público ou de particulares.
O culto pode ser realizado em locais fechados ou abertos, ruas, praças, parques, praias, bosques, florestas ou qualquer outro local de acesso público. Segundo a Constituição Federal existem apenas três casos em que o culto pode ser proibido: quando não tiver caráter pacifico; se ouve uso de arma de fogo ou se estiver sendo praticado um ato criminoso.
Fora disso, é permitido tudo aquilo que a lei não proíbe. Não podemos esquecer, no entanto, que as leis sobre vizinhança, direito ao silêncio, normas ambientais, etc., devem ser respeitadas. O Código Penal proíbe a perturbação de qualquer culto religioso e a Lei de Abuso de Autoridade pune o atentado ao livre exercício do culto.
A Lei ainda determina, que ninguém pode se declarar algo que não posso comprovar, ou seja, é crime de falsidade ideológica, podendo ainda ser denunciado por crime de charlatanismo e curandeirismo caso não tenha uma Credencial Religiosa que comprove sua condição de Ministro, Sacerdote.
Venha filiar-se a nossa Federação e receber todo o preparo que a nossa lei determina.

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terça-feira, 27 de janeiro de 2015

OXALÁ – JESUS CRISTO

Oxalá é Orixá maior da Umbanda, Oxalá é a própria Umbanda em sua magnitude, grandeza, poder e gloria sua cor é o branco, representando à paz, o amor, a bondade, a purificação, espiritual, da alma humana enfim, tudo aquilo que possa indicar verdade luz alegria. Os domínios de Oxalá são todas as pessoas e todos os lugares. Seu reino é o nosso mundo, o nosso coração.
Jesus Cristo é o Pai supremo da Umbanda, sincretizado a Oxalá, o divino mestre de nossa Umbanda para Ele vem todas as outras linhas da Umbanda e de seus mentores. Todas as entidades que trabalha na Umbanda tem por nosso Senhor Jesus Cristo grande devoção e respeito aos ensinamentos do Santo Evangelho seguem fervorosamente, todos os seus ensinamento sempre, e ensina a todos que não conhecem.
O sincretismo Oxalá – Jesus Cristo é perfeito, pode-se dizer que ambos são o mesmo ser com nomes diferentes. Dentro de uma análise lógica, não podemos dizer que ambos são o mesmo ser, já que dentro dessa lógica, um Orixá é um ser espiritual que nunca encarnou na Terra e Jesus esteve entre nós a dois mil quinze anos atrás. Isso, no entanto, não nos importa, importa apenas, que o sincretismo é perfeito de ambos, impera dentro de nossos templos.
Não importa como os chamamos se de Jesus Cristo ou de Oxalá. De Oxalá conhecemos muito pouco; de nosso Senhor Jesus, no entanto, conhecemos a sua vida e a sua obra. A Ele devemos obediência e obrigação de aprender com os ensinamentos de seu Santo Evangelho e acima de tudo, temos o dever de praticarmos esses ensinamentos. Jesus ama a todos nós, bons ou maus justos ou injustos ricos ou pobres, brancos ou negros, homens ou mulheres.
Todos os Orixás da Umbanda seguem a Oxalá, pregam a sua doutrina e seus ensinamentos. Todas as entidades seguidores de Jesus Cristo, trabalhadores ou não na Umbanda, lutam contra as forças do mal, anulando trabalhos de magia negativa, ou quaisquer outros tipos de maldade, gerados ou não por feitiços. Esses seguidores interferem nos lugares aonde o mal é praticado e anulam, quebra, afasta ou pasigua os efeitos desses trabalhos do mal e continua na incansável luta contra essas forças, pregando sempre A FÉ EM DEUS, A CARIDADE, O AMOR AO PRÓXIMO, OBEDIÊNCIA AOS MANDAMENTOS DIVINOS E A FRATERNIDADE HUMANA!
Na linha de Oxalá, os Santos Católicos chefiam diversas falanges, tornando ainda mais forte o sincretismo religioso existente na Umbanda, por esse motivo à linha de Oxalá também é conhecida como linha de santo.
A forma de cultuar Oxalá na Umbanda, hoje é totalmente deturpada pela grande maioria das Tendas. Esse fato deve-se a busca de conhecimentos de alguns chefes de terreiro do passado, que foram buscar no Candomblé os conhecimentos necessários para conduta de uma Tenda, implantando na Umbanda, rituais e dogmas costumes que nada tem em comum com as nossas práticas.   Aprendemos que a forma de agradar Oxalá são as orações e a boa conduta como ser humano. A irradiação de Oxalá ultrapassa qualquer culto a qualquer outro Orixá, desta forma é desnecessário fazermos obrigações oferendas com objetos de qualquer tipo, mas como em qualquer Templo, no nosso também, as obrigações e as formas de cultuar são ensinadas aos nossos filhos de fé, Velas brancas (se você souber o que está fazendo com elas), cravos brancos, água pura (embora Orixás não bebam) e mel (embora não comam).
O local para fazer sua obrigação pode ser qualquer lugar, como já citamos o reino de Oxalá é o mundo, desta forma, você pode cultuá-lo em qualquer lugar desde que esse lugar esteja limpo. Só para lembrete cemitérios e encruzilhadas não são lugares limpos.
Você pode fazer sua obrigação em sua casa, no terreiro, nas praias, nos bosques, nas matas, nas igrejas nos jardins, etc. Não importará o local, importará apenas a sua fé em Jesus e a sua devoção em Oxalá, no que você está fazendo.
Cor-----------------Branca
Domínios--------O mundo
Atuação----------Sobre tudo e todos
Saudação-------Zambi é meu pai, ou Epa Babá Oxalá, Salve Oxalá Divino, Oxalá meu Pai.
Elemento--------Terra, Água, Ar e Fogo.
JESUS – O HOMEM
O Cristo encarnado, como homem na Terra – Jesus, é a própria manifestação do Verbo, (Evangelho segundo João capitulo – 1 versículo – 1 aos 5).
1) No princípio era o verbo, e o verbo estava com Deus, e o verbo era Deus.
2) Ele estava no princípio com Deus.
3) Todas as coisas foram feitas por ele e sem ele nada do que foi feito se fez.
4) Nele estava a vida e a vida era a luz dos homens.
5) E a luz resplandece nas trevas e as trevas não a compreenderam.
Jesus teve ou tem uma existência metafísica ou é um princípio vivo que continua atuante em relação aos seres humanos? Se Jesus foi o próprio Verbo Encarnado e se este princípio está intimamente ligado a todas as manifestações vivas da Natureza, esse mesmo princípio não abandonou o plano físico e está sempre presente para curar aqueles que dele se aproximam. Todas as raças deste planeta receberam a revelação da libertação da carne por meio da intervenção do princípio criador. O nome desse princípio, desde a formação do nosso planeta, é Jesus, e sua atuação sobre o planeta está sempre viva e se manifestando.
Jesus é aquele que veio e está sempre presente, conduzindo a Humanidade de volta aos braços de Deus. Todas as honras e louvores lhe são devidos por sua atuação em todos os planos. Jesus Cristo é a própria divindade que se encontra em nós, pois somos espíritos encarnados e trazemos conosco uma centelha divina.
O personagem histórico – Jesus, o homem, ensinou o amor, a benevolência e a caridade; foi um grande mensageiro da Luz, trazendo os ensinamentos que despertaram a consciência dos que estavam mortos para o Espírito, presos na escravidão da matéria, que é nossa redentora e nos auxilia a redimir nossos erros rumo à evolução espiritual.
OXALÁ:
Na Umbanda, Oxalá representa o mais alto na hierarquia dos Orixás, tendo como contraparte nosso Mestre Jesus, o médium supremo.  Tanto na Umbanda quanto no Candomblé é de Oxalá a tarefa de criação da Humanidade. Por isso a equivalência a Jesus, manifestação máxima de Deus trino: Pai, Filho, Espírito Santo. Além de responsável pelo molde dos primeiros seres humanos na Terra, é considerado também o criador da cultura material. Oxalá é representado nos nossos Congas por Jesus Cristo que é a autoridade suprema na Umbanda. É ele quem ordena aos Orixás que venham ajudar seus filhos de fé por meio dos Guias e Mensageiros que vêm em Terra. Sua imagem é a de Jesus Cristo, sem a cruz e sua cor é branca. Oxalá é considerado o Orixá maior na Umbanda, porque é capaz de atuar em todos os elementos de vibrações através dos outros Orixás.
Oxalá é muito as suas lendas e extensa sua origem e história na África. No Brasil, são mais conhecidos Oxalufan “o velho” e Oxaguian “o moço”. Na sua forma “guerreira”, Oxalá carrega uma espada, cheio de vigor e no­breza; na condição de velho e sábio, curvado pelo peso dos anos, é uma figura nobre e bondosa que carrega um cajado, o Opaxorô, de forte sim­bologia, utilizado para separação do Orun (o Céu) e o Ayié (a Terra). No Brasil é o mais venerado e sua maior festa é uma cerimônia chamada “Águas de Oxalá”, que diz respeito à sua lenda dos sete anos de encar­ceramento, culminando com a cerimônia do “Pilão de Oxaguian”, para festejar a volta do Pai. Esse respeito advém da sua condição delegada, por Olorum, da criação e governo da Humanidade.
CARACTERÍSTICAS DOS FILHOS DE OXALÁ
Os filhos de Oxalá são pessoas tranquilas, que tendem à calma até nos momentos mais difíceis. São amáveis e pensativos, mas não cos­tumam ser subservientes. São articulados, reservados e às vezes muito teimosos, sendo difícil con­vencê-los de que estão errados na resolução de um problema. Em Oxalufan, o Oxalá mais velho aparece com a tendência para o debate e a argumentação.

A LENDA AFRICANA

Orixalá ou Obatalá foi encarregado por Olorum de realizar uma grande e importante tarefa: a da criação do mundo. Para isso, recebeu de Olorum o “Saco da Criação”. Mas antes de iniciar sua viagem para o cumprimento da mis­são era necessário que Oxalá realizasse oferendas para Bará. Mas, com seu caráter um tanto orgulhoso, não o fez.     Iniciou então sua caminhada, e, ao chegar à porta do além, encontrou Exu-Bará, fiscal das comunicações entre os dois mundos. Ao saber que o Grande Orixá não havia feito às oferendas, fez com que ele sentisse muita sede durante a caminhada. Oxalá não teve outra saída senão tomar o líquido refrescante que escorre do dendezeiro – o vinho de palma. Com isso ficou bêbado, perdeu o rumo e adormeceu.

Veio então Odudua, criado depois de Oxalá, e, vendo-o adormecido, roubou-Ihe o Saco da Criação e levou até Olorum, que disse: “Vá você Odudua, vá e crie o mundo”. Odudua encontra uma grande extensão de água e deixa cair o conteúdo do Saco da Criação – a terra; formou-se um monte que ultra­passou as águas. Odudua colocou sobre o monte de terra uma galinha de cinco patas, que espalhou a terra sobre as águas. A terra foi se alargando cada vez mais criando a cidade de llê-lfê.    Quando Oxalá acordou e não encon­trou o Saco da Criação procurou Olo­rum, que o castigou proibindo-o de beber vinho de palma e de usar azeite de dendê. Como consolo, ordenou-lhe que moldasse no barro o corpo dos seres humanos, sobre os quais Ele, Olorum, sopraria o fôlego da vida.
Jesus Cristo é o mentor da Umbanda, Jesus através de suas curas, de suas parábolas, de seus milagres e com seu ensino moral, deixou nas mãos da humanidade os meios para evoluir espiritualmente. Pregou sempre o amor ao próximo e o perdão das ofensas, lutou bravamente contra a hipocrisia e a maldade reinantes naquela época. Todos os Guias da nossa Umbanda sejam caboclos, pretos velhos, Baianos, Boiadeiros ou outras entidades que comparecem aos nossos Templos, pregam esses ensinamentos.  De todos os ensinamentos de Jesus, um é supremo: “O perdão sem limites”.
Isso foi o que Ele nos ensinou em vida e na hora de sua morte, pedindo a Deus o perdão para aqueles que o colocaram ele na cruz. Se não conseguimos ainda ser como Jesus e perdoar as grandes dores, traições e ofensas devemos então meus irmãos ao menos perdoar as pequenas faltas. Orixás não comem desta forma não há necessidade de oferendas para Oxalá com frutas, canjicas, manjares, arroz doce, etc.
Lemos muita coisa a respeito de obrigações aos Santos e aos Orixás, fizeram uma verdadeira salada de objetos e bebidas e as implantaram em seus seguidores fanáticos, essas obrigações vão desde as mais simples oferendas, até as matanças sem fundamento feitas em seus nomes.
{A Umbanda não é responsável pelos absurdos praticados em seu nome, assim como Jesus Cristo não é responsável pelos absurdos que foram e que são praticados em seu nome e em nome de seu Santo Evangelho}.   

Significado da palavra Oxalá:

Oxalá é uma palavra da língua portuguesa utilizada como interjeição para expressar o desejo que algo aconteça. É sinônimo de tomara ou queira Deus.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

SIGNIFICADO DA QUARESMA E DA PÁSCOA

 Se basearmos nossos estudos nas tradições do Cristianismo, observamos que ao longo dos séculos esses períodos foram guardados de maneira semelhante por todos os segmentos religiosos cristãos.
Sempre se ouve falar em recolhimento, abstinência e caridade nos 40 dias que antecedem a Semana Santa  e culmina com a celebração da Páscoa.
No Espiritismo e na Umbanda poucas divergências, pois seguimos o Cristo Vivo, personalizado em nosso grande Orixá Maior Oxalá!
A Ele nossas reverências são simbolizadas também pela abstinência dos prazeres da carne, principalmente nas sextas-feiras da quaresma, pois a cada semana, vivenciamos o sacrifício feito por Jesus, durante os quarenta dias de jejum que passou no deserto, preparando-se para o momento em que Sua vida seria oferecida a Deus pelo perdão dos pecados do mundo...
Da mesma forma, a Páscoa nos traz a festa da ressurreição do Cristo, Nosso Redentor... Espírito Maior que simboliza toda a criação... É o momento que fecha nosso período de meditação, que nos traz a revisão dos enganos cometidos ao longo do ano e através da abstenção e da caridade, nos faz renascer para a vida espiritual...
Assim, seguindo o exemplo de Oxalá, devemos nos recolher em oração pela paz e pelo bem comum... E ao final a sentirmos a alegria de poder olhar com amor a toda Humanidade!
Que estes quarenta dias nos façam refletir na contribuição que temos dado à Natureza e que ao final possamos dizer Feliz Páscoa, meus Irmãos!
Babalaô Val de OGUM!

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domingo, 7 de dezembro de 2014

UMBANDA E O MEIO AMBIENTE

A natureza é sabia!
Sabia abundante e paciente.
Sabia por que traz em si o mistério da vida, da reprodução, da interação perfeita e equilibrada entre seus elementos.   Abundante em sua diversidade, em sua riqueza genética, em sua maravilha e em seus encantos.  
E é paciente, não conta seus ciclos em horas, minutos e segundos, nem no calendário gregoriano com o qual nos acostumamos a fazer planos, cálculos e contagens.  Sobre tudo é generosa, esta no mundo acolhendo o homem com sua inteligência, seus significado divino, desbravador, conquistador e insaciável. Ás vezes, nesse confronto, o homem extrapola seus poderes e ela cala. Noutra, volta-se, numa auto defesa, e volta-se contra a obra humana, tornando a ocupar seu espaço e sua importância.
A Umbanda e o Candomblé são religião cujos cultos baseiam-se nas energias da natureza.
A degradação desta vem prejudicando nossas praticas religiosas, a ponto de quase não mais ser possível realizarmos nossas oferendas e obrigações nas matas e nas cachoeiras, porque na maioria delas, a sujeira e a devastação retiram toda a energia positiva do lugar e em outros casos, porque os governos, como forma de preservar estes locais sagrados, passaram a proibir nossas praticas religiosas.
A legislação ambiental é cada vez mais dura e severa com os depredadores
Culpa nossa porque durante anos, ao realizarmos nossas praticas, deixávamos para trás uma enorme quantidade de lixo, muitas vezes não degradável, entulhando as matas, além da falta de atenção com os locais onde as velas eram acesas.
LEI DE CRIMES AMBIENTAIS
Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998
Seção II    Dos Crimes contra a Flora
Art. 38. Destruir ou danificar floresta considerada de preservação permanente, mesmo que em formação, ou utilizá-la com infringência das normas de proteção:
Pena – detenção, de um a três anos, ou multa, ou ambas as penas cumulativamente.
Seção III    Da Poluição e outros crimes Ambientais
Art.54 Causar Poluição de qualquer natureza em níveis tais que resultem ou possam resultar em danos a saúde humana, ou que provoquem a mortandade de animais ou a destruição significativa da flora:
Pena – reclusão, de um a quatro anos e multa.
Umbandista Preserve a Natureza e o Meio Ambiente, A sabedoria o entendimento e o respeito às Leis deve ser o princípio de conduta de todo Filho de Umbanda.


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Baianos

 
São uma linha de trabalhadores de Umbanda pertencentes à chamada linha das almas, a mesma dos Pretos Velhos suas giras são encontradas sobre tudo em São Paulo.
 A correspondência no Rio de Janeiro é com a linha dos Malandros, cujo maior representante é Zé Pelintra. Outras linhas trabalham na gira dos baianos como por exemplo: Boiadeiros, Marinheiros e em alguns terreiros os Mineiros.   Sempre com seu coco (mistura de cachaça e mel colocada dentro de um coco), a linha baiano está sempre disposta a ajudar os filhos de fé com seus conselhos e sua proteção. Esta linha trabalha tanto na Umbanda quanto na Quimbanda, geralmente não dece nos trabalhos de esquerda (exceto Zé Pelintra), mas tendo a sua permissão para atuar na Quimbanda no plano espiritual.
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BAIANOS

SALVE O GRANDE CRUZEIRO DA BAÍA. MEU PAI..!
Durante muitos anos a linha dos baianos foi renegada e os trabalhos feitos com ela eram vistos com restrições. Dizia-se que por não ser uma linha diretamente ligada às principais, era inexistente, formada por espíritos zombeteiros e mistificadores. Aos poucos eles foram chegando e tomando conta do espaço que lhes foi dado pelo astral e que souberam aproveitar de forma exemplar. Hoje se tornaram trabalhadores incansáveis e respeitados, tanto que é cada vez maior o número de baianos que está assumindo coroas em várias casas. A alegria que essa gira nos traz é contagiante. Os conselhos dados aos consulentes e médiuns demonstram uma firmeza de caráter e uma força digna de quem soube aproveitar as lições recebidas. Atualmente já temos o conhecimento de que fazem parte de uma sublinha e nessa designação podem vir utilizando qualquer faixa de trabalho energético, ou seja, podem receber vibrações de qualquer das sete principais linhas de Umbanda. Têm ainda um trânsito muito bom pelos caminhos de exu, podendo trabalhar na esquerda a qualquer momento em que se torne necessário.
Cientes dessa valiosa capacidade, nós dirigentes, sempre contamos com eles para um desmanche de demanda ou mesmo sérios trabalhos em que a magia negra esteja envolvida. Com eles conseguimos resultados surpreendentes. Quando se fala na Baía, nossos pensamentos são imediatamente remetidos para uma terra de espiritualidade e magia. O povo baiano é sincrético e ecumênico ao extremo, nada mais natural que sejam escolhidos para essa homenagem de lei que é como se deve ver a questão. Vale ainda lembrar que nem todos os baianos que vêm a terra realmente o foram em suas vidas passadas, esses espíritos agruparam-se por afinidades fluídicas e dentre eles há múltiplas naturalidades. O Baiano representa a força do fragilizado, o que sofreu e aprendeu na "escola da vida" e, portanto, pode ajudar as pessoas. O reconhecido caráter de bravura e irreverência do nordestino migrante parece ser responsável pelo fato de os baianos terem se tornado uma entidade de grande frequência e importância nas giras paulistas e de todo o país, nos últimos anos. Os baianos da Umbanda são pouco presente na literatura umbandista. Povo de fácil relacionamento, comumente aparece em giras de Caboclos e pretos velhos, sua fala é mais fácil de entender que a fala dos caboclos. Conhece de tudo um pouco, inclusive a Quimbanda, por isso podem trabalhar tanto na direita desfazendo feitiços, quanto na esquerda. Quando se referem aos Exus usam o termo "Meu Cumpadre", com quem tem grande afinidade e proximidade, costumam trazer recados do povo da rua, alguns costumam adentrar na Tronqueira para algum "trabalho". Enfrentam os invasores (kiumbas, obsessores) de frente, chamando para si toda a carga com falas do gênero "venha me enfrentar, vamos vê se tu podes comigo". Buscam sempre o encaminhamento e doutrinação, mas quando o Zombeteiro não aceita e insiste em perturbar algum médium ou consulente, então o Baiano se encarrega de "amarrá-lo" para que não mais perturbe ou até o dia que tenha se redimido e queira realmente ser ajudado. Costumam dizer que se estão ali "trabalhando" é porque não foram santos em seu tempo na terra, e também estão ali para passarem um pouco do que sabem e principalmente aprenderem com o povo da terra.
São amigos e gostam de conversar e contar causos, mas também sabem dar broncas quando veem alguma coisa errada. Nas giras eles se apresentam com forte traço regionalista, principalmente em seu modo de falar cantado, diferente, eles são “do tipo que não levam desaforo pra casa”, possuem uma capacidade de ouvir e aconselhar, conversando bastante, falando baixo e mansamente, são carinhosos e passam segurança ao consulente que tem fé. Os Baianos na Umbanda são “doutrinados”, se assim podemos dizer, apresentando um comportamento comedido, não xingam, nem provocam ninguém. Os trabalhos com a corrente dos Baianos trazem muita paz, passando perseverança, para vencermos as dificuldades de nossa jornada terrena. A Entidade pode vir na linha de Baianos e não ser necessariamente da Bahia, da mesma forma que na linha das crianças nem todas as entidades são realmente crianças. Os Baianos são das mais humanas entidades dentro do terreiro, por falar e sentir a maioria dos sentimentos dos seus consulentes. Talvez por sua forma fervorosa de se apresentar em seus trabalhados no terreiro, aparentem ser uma das entidades, mais fortes ou dotadas de grande energia (e na verdade são), mas na Umbanda não existe o mais forte ou fraco são todos iguais, só a forma do trabalho é que muda. Adoram trabalhar com outras entidades como Erês, Caboclos, Marinheiros, Exus, etc. São grande admiradores da disciplina e organização dos trabalhos. São consoladores por natureza e adoram dar a disciplina de forma brusca e direta diferente de qualquer entidade.
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ORAÇÃO AO SENHOR DO BONFIM.
Meu senhor do Bonfim, encontro-me em tua presença para te pedir toda a graça que quiseres me dar, Senhor perdoa todos meus erros que por ventura eu tenha cometido, dai-me força para vencer todas as tentações e malfeitos do inimigo,   
Que o sagrado Orixá Ogum corte com sua espada todo e qualquer mal que venha me cercar,
Que Yemanjá, Rainha do mar, com a tua proteção leve sob grilhões para o fundo do mar toda a inveja que sobre mim recair,
Que minha Mãe Oxum leve consigo todas as lagrima que eu tenha que chorar, para nunca o desespero ou a desgraça me alcance,
Que a poderosa Iansã Mãe do vento e do tempo afaste de mim toda a tempestade, para que os ventos da bonança me traga prosperidade,
Que toda a fortuna do mudo possa chegar às minhas mãos com a força e proteção do grande Orixá Oxum Maré,
Que o Senhor Xangó do alto de sua pedreira possa solidificar todos os bens que eu alcançar,
Salve Nosso Senhor do Bonfim, salve todos os Orixás, Guias e Protetores salvem os Baianos amem.

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               BABALAÔ VAL DE OGUM...               

ORIXÁ TUDO SABE, TUDO VÊ

Visitando um Templo de Umbanda presencie uma discussão de Ogan ou (tabaqueiros como são chamados na Umbanda), um Ogan era visita, outro era o do Templo, o visitante pediu para bater a tabaque, o do Templo disse que não, com um ton. Agressivo, porque avia sido feita uma obrigação e tinha ordem da entidade chefe do Templo, para não deixar ninguém por a mão no atabaque que não fosse daquele Templo.
Bom no calor daquela discussão o baiano entidade do Sacerdote daquele Templo chamou, outro rapaz que estava na assistência e disse: - Meu filho venha louvar os Santos tome a tabaque e bata de coração para os nossos Orixás.
Esse outro rapaz é também Ogan, e não era conhecido por ninguém ali ele era de outra cidade, ele se levantou e agradeceu a entidade presente e bateu a tabaque e louvou os Orixás e o trabalho daquele dia foi muito divino!
Bom o que quero comentar é o seguinte no meu modo de ver esse acontecimento, Ogan daquele Templo poderia ser mais humilde e dizer com mansidão: - O meu irmão, a entidade que é o mentor aqui de nosso Templo me deu uma ordem, que por certo período de tempo ninguém que não faça parte da Curimba de nosso Templo poderá por a mão no coro, mas irei pedir a permissão para você tocar conosco.
 E deixasse as entidades se entender com aquele Ogan.
Com certeza as entidades teriam somente palavra de fé para ele!
Outra observação minha, é que outro rapaz da assistência que também era Ogan, não pediu para tocar e nem falou a ninguém que era Ogan, mais a entidade que presidia o trabalho daquela noite um baiano, o chamou com todas as honrarias que um Ogan merece e pediu a ele que tocasse com o coração!
Amados Ogan, médiuns da corrente, Pais e Mães de Tendas, quando somos o que somos para Deus para nossos amados Orixás não é preciso dizer aonde vamos olha eu sou Ogan eu sou médium eu sou Pai ou Mãe de Santo, com toda a certeza que no Templo que chegarmos e ali tiver um Orixá verdadeiro, com certeza ele sabe quem somos!
                               


Babalaô Val de Ogum